foto: Reuters
Os manifestantes partiram logo pela manhã de seis zonas distintas da capital, juntando-se ao início da tarde na praça Neptuno, junto ao Congresso dos Deputados. Segundo a imprensa local, não houve quaisquer incidentes e a presença policial só se faz notar com maior força junto ao Parlamento, rodeado de barreiras.
As marchas do 19J, já considerado o “dia D” do movimento dos indignados, acontecem uma semana depois de levantado o acampamento que durante um mês esteve instalado na Porta do Sol. Como então, os manifestantes, sobretudo jovens, protestam contra as medidas decididas para enfrentar a crise, a actuação dos bancos e dos políticos.
Mas é sobretudo o Pacto do Euro – o acordo conseguido em Março pelos Vinte e Sete para aumentar a competitividade e combater os défices galopantes – que preocupa o movimento. “Vêm aí mais cortes brutais”, disse ao “El País” Luis Fernández, da associação de desempregados Adesorg, acusando a classe política de “ter vendido o país, que já não é dos espanhóis, é da banca”.
Segundo as plataformas pertencentes ao 15M, para esta tarde estão previstos 98 manifestantes em Espanha, mas também noutras cidades europeias, como Paris. As atenções estarão centradas em Valência e sobretudo em Barcelona, onde na última terça-feira uma concentração degenerou em insultos e mesmo algumas agressões contra deputados do Parlamento regional. Para evitar a repetição dos incidentes, os organizadores relembram que “o movimento repudia qualquer tipo de violência”.
publicado em O Público
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