Amazônia faz campanha sobre escalpelamento


Acidente provocado por motores de barcos já vitimou mais de 1,4 mil mulheres em toda a região. Lei federal protege vítimas

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O mês de abril ficará marcado no Amapá ações estratégicas em favor da população: as campanhas de prevenção aos acidentes por escalpelamento e a instalação da proteção no eixo e volante das embarcações. Essas iniciativas são resultado da Lei nº 11.970/09, de autoria da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP).  Inicialmente, a campanha será concentrada em Macapá e Santana, mas a deputada pediu à Marinha para estendê-la para outros municípios amapaenses. No mês de março, a campanha foi realizada nas cidades de Belém e Breves, no Pará.

O escalpelamento é provocado pelo eixo do motor de pequenas embarcações e já vitimou mais de 1,4 mil mulheres da Amazônia. Esse tipo de acidente é causado por conta da falta de proteção no eixo: ao se aproximarem do motor ou da hélice, as vítimas têm seus cabelos repentinamente puxados (ou seja, arrancados devido à intensidade da força). A forte rotação ininterrupta enrola os cabelos em torno do eixo e arranca todo ou parte do escalpo, inclusive as orelhas, sobrancelhas e, por vezes, uma enorme parte da pele do rosto e pescoço. Causa deformações graves e até mesmo a morte.

Na Amazônia este tipo de acidente é comum, devido o barco ser o transportado mais utilizado. O Amapá é um dos Estados da região com maior incidência e, por essa razão, a deputada Janete Capiberibe atuou na Câmara e conseguiu aprovar um projeto de lei autoria (transformado na Lei n° 11.970/09). A norma infraconstitucional prevê a realização de campanha de prevenção aos acidentes e a instalação de equipamentos de proteção aos eixos das embarcações.
Janete Capiberibe ainda defende a abertura de linha de crédito pelo governo federal para garantir navegação segura na Amazônia. A deputada quer que o governo conceda créditos para a instalação de pequenos estaleiros e a implantação de escolas de navegação fluvial em cada Estado amazônico.

Marinha promove cursos

A campanha em Macapá e Santana abrangerá, entre outras ações, a realização de inscrição, capacitação e instalação da proteção no eixo e volante das embarcações em momentos e locais diferentes.
Nos dias 10 e 11 a Marinha vai ao Arquipélago do Bailique, onde realizará curso para capacitar os integrantes do Batalhão Ambiental e voluntários com técnicas para instalar a proteção nos barcos ribeirinhos.  A força militar também vai oferecer o curso de condutor aquaviário aos donos de embarcações. Os que cumprirem a carga horária e forem aprovados receberão a habilitação da Marinha em até 30 dias. Nos dias 15 e 16 a Marinha vai capacitar voluntários e membros do Batalhão Ambiental no píer da Capitania de Santana.
Do dia 23 ao dia 30, as campanhas vão atender os locais para instalar a proteção no eixo e volante dos barcos são o píer da Capitania de Santana e o Igarapé das Mulheres. Ao mesmo tempo, os donos dos barcos podem registrá-los na Marinha do Brasil. A Associação das Mulheres Vítimas de Escalpelamento do Amapá está cadastrando embarcações na Capitania, no Porto de Santana, no Igarapé Fortaleza, no Igarapé das Mulheres, Pedrinhas e Canal do Jandi para que recebam a carenagem.
Dia 26 de abril, às 17 horas, na Capitania dos Portos de Santana, a Marinha do Brasil e as entidades parceiras realizam um evento para divulgar as campanhas preventivas à imprensa estadual e sensibilizar novos parceiros para que as ações possam prosseguir. A previsão é de que sejam instaladas 400 proteções no eixo e volante adquiridas com recursos de investimento social do Banco da Amazônia, Petrobrás e Transpetro.

fonte Agência Amazônia



O mês de abril ficará marcado no Amapá pelas campanhas de prevenção aos acidentes com escalpelamento e instalação da proteção no eixo e volante das embarcações, conforme determina a Lei federal 11.970/2009, da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP). Neste momento, a campanha estará concentrada em Macapá e Santana, mas a deputada Janete já pediu que a Marinha a estenda para outros municípios do Amapá. Em março, a campanha para implementar a Lei foi realizada em Belém e Breves, no Pará.
Além da Lei 11.970/2009, que a deputada Janete Capiberibe apresentou na Câmara dos Deputados a pedido da Associação das Vítimas de Escalpelamento, a socialista defende uma política mais ampla para a navegação segura na Amazônia que prevê a criação de uma linha de crédito especial para os pequenos estaleiros e a implantação de escolas de navegação fluvial em cada um estado amazônida.

Amapá – Em Macapá e Santana, serão realizadas ações de inscrição, capacitação e instalação da proteção no eixo e volante das embarcações em momentos e locais diferentes.
Neste final de semana, dias 10 e 11, a Marinha do Brasil vai ao Arquipélago do Bailique, onde realiza curso para capacitar o Batalhão Ambiental e voluntários com técnicas para instalar a proteção nos barcos ribeirinhos. A Marinha do Brasil também vai oferecer o curso de condutor aquaviário aos donos de embarcações. Os que cumprirem a carga horária e forem aprovados receberão a habilitação da Marinha em até 30 dias. Dias 15 e 16 a Marinha vai capacitar voluntários e membros do Batalhão Ambiental no pier da Capitania de Santana.

Proteção – Do dia 23 ao dia 30, as campanhas vão atender os locais para instalar a proteção no eixo e volante dos barcos são o pier da Capitania de Santana e o Igarapé das Mulheres. Ao mesmo tempo, os donos dos barcos podem registrá-los na Marinha do Brasil. A Associação das Mulheres Vítimas de Escalpelamento do Amapá está cadastrando embarcações na Capitania, no Porto de Santana, no Igarapé Fortaleza, no Igarapé das Mulheres, Pedrinhas e Canal do Jandi para que recebam a carenagem.
Dia 26 de abril, às 17 horas, na Capitania dos Portos de Santana, a Marinha do Brasil e as entidades parceiras realizam um evento para divulgar as campanhas preventivas à imprensa estadual e sensibilizar novos parceiros para que as ações possam prosseguir. A informação é uma ferramenta importante na campanha de prevenção aos acidentes com escalpelamento que já vitimou cerca de 1,4 mil mulheres na Amazônia. A previsão é de que sejam instaladas 400 proteções no eixo e volante adquiridas com recursos de investimento social do BASA, Petrobrás e Transpetro.

via Corrêa Neto
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