Belo Monte: Movimento Xingu Vivo lança campanha para pressionar STF a determinar consulta indígena
No marco do Dia do Índio, celebrado em 19 de abril, o Movimento Xingu Vivo para Sempre lança nesta sexta-feira (19) a campanha “Justiça já a Belo Monte”. O objetivo é fazer com que o Supremo Tribunal Federal (STF) faça cumprir o direito dos povos indígenas de serem consultados sobre a construção da Usina Hidroelétrica de Belo Monte em suas terras, como determinada a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Com o início das obras já em andamento no rio Xingu, em Altamira, no Pará, a usina de Belo Monte, se levada adiante, desviará o curso do rio em um trecho de 100 km e inundará uma grande área para criação de reservatórios, afetando assim as populações que habitam o seu entorno, em especial ribeirinhas e 13 povos indígenas.
Apesar de a Constituição brasileira determinar a necessidade da informação prévia aos indígenas sobre as mudanças que um projeto hidroelétrico causa em suas terras, e também consultá-los sobre essas mudanças, essa orientação não foi respeitada em Belo Monte. Por isso, o Movimento Xingu Vivo pede que por meio da campanha a sociedade reforce o pedido junto ao STF de que os povos indígenas afetados pela obra sejam consultados.
Para participar, os/as interessados/as devem acrescentar a frase “Pare Belo Monte” junto ao seu nome nos perfis das redes sociais como facebook e twitter, e colocar uma foto de perfil que traga a mensagem “Justiça Já”. Uma sugestão é tirar uma foto segurando um cartaz com a mensagem. Os termos ‘STF’, ‘oitivas’ ou ‘consulta’ também podem ser mencionados.
“Tomemos como exemplo a campanha pelos Guarani-Kaiowás que tomou todo o Brasil. Por mais que a grande mídia tentasse ocultar o caso, a grande repercussão nas redes sociais chamou a atenção da sociedade brasileira, e os latifundiários pecuaristas tiveram que recuar”, incentiva o movimento.
Como parte da campanha, o Xingu Vivo para Sempre pede que os/as participantes enviem suas fotos por mensagem privada para sua página no Facebook, para que seja divulgada em nível nacional.
fonte: Adital
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