Eduardo Viveiros de Castro comenta imagens seleccionadas ao acervo do Instituto Moreira Salles e que abrangem um arco temporal  vasto: vão de meados do século XIX até o fim dos anos 1970, passando pelas  primeiras missões pela Amazônia até à Expedição Roncador-Xingu, pelo que ilustram os momentos fundamentais da  história do contacto com o branco.
Além de antropólogo, Eduardo Viveiros de Castro é fotógrafo amador. Ao  longo do seu percurso pelos diversos campos de trabalho em que participou fez inúmeras fotografias de índios  — na juventude, inclusivamente, era ele quem registava os trabalhos do amigo e conceituado Hélio Oiticica. O mais  interessante desta conversa, é o facto da análise das fotografias  reflectir esse olhar  duplo, de fotógrafo e antropólogo.
A conversa está dividida em blocos — os três primeiros seguem abaixo. Os dois  seguintes serão divulgados na próxima semana.
No primeiro bloco, Viveiros de Castro comenta as fotos de Albert  Frisch (1840-1918) e Marc Ferrez (1843-1923). Frisch participou de  expedição pela Amazônia em 1867, de Manaus até Iquitos, no Peru,  seguindo pelo rio Solimões. Na ocasião foram feitos os primeiros  registos fotográficos de indígenas no Brasil. Sobre Marc Ferrez, acesse  aqui site especial do IMS.
Albert Frisch e Marc Ferrez: os índios como tipos
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O segundo e terceiro blocos enfocam o trabalho de Alice Brill e Henri Ballot,  cujos acervos também são preservados pelo IMS. Ambos registaram a  expedição Roncador-Xingu, iniciada por Vargas em 1943 e que culminou na  fundação do Parque Nacional do Xingu, em 1961.
Alice Brill: o paternalismo dos brancos
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Henri Ballot: a tomada de posse do Xingu
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Nota: 
Fundado em 1990 pelo embaixador e banqueiro Walther Moreira Salles (1912-2001), o Instituto Moreira Salles é uma entidade civil sem fins lucrativos que tem por finalidade exclusiva a promoção e o desenvolvimento de programas culturais. O seu acervo reúne cerca de 550 mil fotografias, 100 mil músicas (entre as quais, 25 mil gravações digitalizadas), uma biblioteca com 400 mil itens (quase 90 mil deles catalogados) e uma pinacoteca com mais de três mil obras. 
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