Depois de quatro anos, um menino índio rejeitado pela tribo tem  finalmente uma família. O processo de adoção foi concluído em fevereiro,  depois de quase quatro anos de espera. Antonio vive em Cuiabá, com a  mãe e as irmãs adotivas. O menino não ouve, não fala, tem problemas  pulmonares e síndrome de Down.  Pelas regras da tribo dos índios  Cinta-Larga, o menino seria jogado em uma cachoeira. Os índios acreditam  que toda criança que nasce com algum tipo de problema deve ser  devolvida à natureza. A mãe do menino, porém, se rebelou e o menino foi  entregue à adoção. Beatriz Pietro Melo diz que foi amor à primeira vista  quando ela viu o bebê pela primeira vez. Com três meses, ele pesava  apenas 4 quilos. A Justiça Federal autorizou que ela ficasse com a  criança até o processo final de adoção.  Pela lei, devem ser esgotadas  todas as possibilidades de reinserção da criança na família antes que  ela seja adotada.  No caso dos indígenas, deve ainda ser respeitada sua  cultura. Porém, o bem-estar da criança deve vir em primeiro lugar.
Antonio faz duas sessões por dia de fisioterapia, além de vários  outros tratamentos. A irmã, Verônica, diz que no início a rotina da  família foi muito modificada, em função dos vários profissionais  contratados para atender o garoto, que entravam e saiam da casa o dia  todo.  
- Mas ele encanta todo mundo. Se comunica superbem - diz a  garota.  
- Ele é meu grande companheiro. É gostoso poder dedicar este  tempo e carinho a ele. Ele me preenche a vontade de fazer algo pelo  mundo, pelas pessoas - diz a mãe.
Assista ao vídeo aqui. 
via O Globo 

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