A Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)  vai realizar na manhã desta segunda-feira (12), em Brasília, com a  participação de cerca de mil pessoas representantes de 15 estados  brasileiros, uma marcha popular contra o atual modelo energético do país  e para pedir a anulação da licença prévia concedida para a construção  da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará (região Norte do  país).
Os integrantes do Movimento vão se reunir a partir das 8h nas  imediações da Torre de TV (Eixo Monumental), na capital federal, e  caminharão por cerca de 3 km, com paradas programadas no Ministério da  Justiça (MJ), Congresso Nacional, Ministério do Meio Ambiente (MMA),  Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério de Indústrias e Comércio  e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo Rogério Höhn, membro da Coordenação Nacional do MAB, a Marcha  deve reunir representantes da população ribeirinha de todo o Brasil, e  vai funcionar como "uma crítica ao modelo energético brasileiro, com  foco principal no caso de Belo Monte e das empresas que querem sua  construção".
Rogério também destacou que os integrantes do MAB entregarão aos  representantes da Aneel e do MME, durante a caminhada, um documento com  todas as denúncias ambientais realizadas e comprovadas pelo Ministério  Público Federal e Ministério Público Estadual do Pará. Além disso, o  documento conta com o resumo das audiências realizadas sobre o caso e  com um relatório sobre os problemas que envolvem a construção. O texto  foi assinado pelas entidades associadas ao MAB.
A marcha da próxima segunda-feira vai marcar o encerramento do  Encontro Nacional da Juventude - Pelos direitos dos Atingidos por  Barragens e por um Projeto Energético Popular, que acontece desde ontem  (8) no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília  (UNB).
Rogério explicou que o Encontro possui três objetivos principais. O  primeiro deles é a elaboração de uma análise geral da situação dos  atingidos por barragens de todo o Brasil. Depois, as atenções se  voltarão para a discussão dos direitos da população atingida, e por fim  será debatida a questão da licença prévia concedida para a construção da  Usina de Belo Monte.
A Marcha é resultado da articulação do Movimento Xingu Vivo para  Sempre, MAB, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Coordenação das  Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Instituto  Socioambiental (Isa), Rede Brasil, Amigos da Terra Amazônica Brasileira,  International Rivers e diversas outras organizações que apoiam a luta  de resistência contra Belo Monte.
via Adital
 
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