O cacique Luis Xipaya, presidente do Conselho Indígena de Altamira (PA), afirma que a ocupação das margens próximas à área da barragem principal é uma forma de protestar contra o projeto da usina. Ele diz que as comunidades locais não foram ouvidas nos debates sobre a construção.
- Vários grupos estão chegando e a partir de quarta-feira vamos invadir a área. Não queremos que seja implantado [o projeto de Belo Monte]. Primeiro porque o projeto é instável para os nossos povos indígenas. Sem contar que o projeto de impacto ambiental será muito grande para a região.
Renata Soares Pinheiro, do movimento Xingu Vivo para Sempre, diz que o protesto será pacífico.
- Não há risco de violência porque o governo não tem a licença de instalação [da hidrelétrica]. Não podem retirar ninguém de lá. Belo Monte atravessa nove terras indígenas, e tem duas áreas diretamente impactadas.
Reunião com a Justiça
Nesta quarta-feira (19), a índia Sheila Yakrepi Juruna e Antônia Melo, do mesmo movimento, se reuniram com o presidente do TRF1 (Tribunal Regional Federal da Primeira Região), em Brasília, para falar sobre as obras.
Os indígenas dizem que não foram ouvidos durante a elaboração do projeto da hidrelétrica e podem ser enormemente afetados pela construção da usina, a segunda maior do país – atrás apenas de Itaipu.
Manifestações foram marcadas para esta terça-feira (20) contra a realização do leilão. Duas empresas concorrem à concessão de Belo Monte, e o resultado deve sair amanhã.
Juruna, do Grupo de Articulação dos direitos Indígenas do Médio Xingu, diz que a usina vai totalmente contra o discurso de defesa ambiental do governo.
- Esse leilão vai contra os estudos ambientais e contra as leis brasileiras. Essa usina já está resultando na invasão de terras demarcadas e prejudicará a demarcação de outras terras indígenas. Além disso, causará seca nos rios Xingu e Bakajá.
Já Antônia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, diz que a usina tem somente objetivos eleitoreiros, porque não trará benefícios às populações locais.
- Nosso protesto é contra a politização do Judiciário e a favor da utilização de formas alternativas de energia. Apoiamos o MPF porque sabemos que este projeto foi montado em cima de grandes mentiras e com intenções eleitoreiras.
Sem comemoração
As divergências na Justiça estão relacionadas ao impacto ambiental e social que a usina trará às cinco cidades próximas ao local da obra, nas cidades de Altamira, Vitória do Xingu, Anapu, Senador Jorge Porfírio e Brasil Novo.
O governo alega que a hidrelétrica trará desenvolvimento econômico à região, assim como a geração de 18 mil empregos e o repasse de R$ 175 milhões às cidades atingidas pela obra.
No entanto, associações de moradores e aldeias indígenas questionam os pontos negativos da obra, baseadas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que, segundo elas, minimizam os dados. Especialistas apontam que o número de atingidos pela obra poderá ser maior, já que a usina irá mudar o curso do rio, alagar vilas e secar cerca de 100 km do Xingu.
Manifestações foram marcadas para esta terça-feira (20) contra a realização do leilão. Duas empresas concorrem à concessão de Belo Monte, e o resultado deve sair amanhã.
Juruna, do Grupo de Articulação dos direitos Indígenas do Médio Xingu, diz que a usina vai totalmente contra o discurso de defesa ambiental do governo.
- Esse leilão vai contra os estudos ambientais e contra as leis brasileiras. Essa usina já está resultando na invasão de terras demarcadas e prejudicará a demarcação de outras terras indígenas. Além disso, causará seca nos rios Xingu e Bakajá.
Já Antônia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, diz que a usina tem somente objetivos eleitoreiros, porque não trará benefícios às populações locais.
- Nosso protesto é contra a politização do Judiciário e a favor da utilização de formas alternativas de energia. Apoiamos o MPF porque sabemos que este projeto foi montado em cima de grandes mentiras e com intenções eleitoreiras.
Sem comemoração
As divergências na Justiça estão relacionadas ao impacto ambiental e social que a usina trará às cinco cidades próximas ao local da obra, nas cidades de Altamira, Vitória do Xingu, Anapu, Senador Jorge Porfírio e Brasil Novo.
O governo alega que a hidrelétrica trará desenvolvimento econômico à região, assim como a geração de 18 mil empregos e o repasse de R$ 175 milhões às cidades atingidas pela obra.
No entanto, associações de moradores e aldeias indígenas questionam os pontos negativos da obra, baseadas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que, segundo elas, minimizam os dados. Especialistas apontam que o número de atingidos pela obra poderá ser maior, já que a usina irá mudar o curso do rio, alagar vilas e secar cerca de 100 km do Xingu.
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via R7
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