Chevron-Texaco mais perto de ser condenada no Equador


Piscinão de resíduos tóxicos. Fonte: www.texacotoxico.org

A multinacinal pretoleira Chevron-Texaco é acusada de causar um dos maiores desastres ambientais do mundo na cidade de Nueva Loja, capital da província de Sucumbíos, Equador. A antiga Texaco – fundida posteriormente à Chevron – explorou petróleo na amazônia equatoriana de 1964 a 1992 numa área de 1.500.000 hectares onde moram indígenas das etnias Siona, Secoya, Cofán, Huaorani e Kichwa. Atualmente, os 30 mil índios das 80 comunidades locais exigem indenizações no valor de 27 bilhões de dólares pelo despejo de milhões de galões de lixo tóxico.
A boa notícia, trazida pela Frente de Defensa de la Amazonía -  responsável pelo apoio jurídico aos povos da região – é a posse de um novo presidente na Corte de Sucumbíos, Leonardo Ordóñez, conhecido por julgar casos de crimes ambientais. Outros juízes abandonaram o caso após estranhos acontecimentos, como Juan Núñez que deixou o cargo setembro passado após ser acusado pela multinacional de um suposto suborno.
Na intenção de maximizar seus lucros, a Texaco não adotou práticas padrões de segurança ambiental, já praticadas na época, como a re-injeção das chamadas águas de formação no lugar do petróleo extraído. Ao invés disso, foram construídos piscinões ao ar livre em que eram despejados os resíduos altamente tóxicos resultantes do processo de perfuração e extração.

  Nueva Loja na amazônia equatoriana

Obviamente, que, em plena Floresta Amazônica, as chuvas trataram de carregar esses resíduos para os lençóis freáticos e rios, gerando um aumento nas taxas de natimortos, más formações e cânceres nas populações que utilizam essas águas cotidianamente.
A ONG Avaaz, com atuação em vários pontos do mundo, também entrou na campanha e está organizando uma petição (assine aqui) que será enviada à empresa, seus acionários e à mídia norte-americana. Até na página da Wikipédia sobre Nueva Loja consta que a “degradação ambiental é severa, com catastrófica poluição petroleira”. A página www.texacotoxico.org da Frente de Defensa de la Amazonía disponibiliza um mundo de informações sobre o caso, contando, por exemplo, das artimanhas da Chevron para impedir o andamento do processo. Por fim, para aqueles que entendem inglês (ou que quiserem ver as imagens do desastre), sugiro o vídeo Amazon Crude.
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