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Belo Monte: Qual o verdadeiro custo do "Desenvolvimento"?

Maior obra incluida no Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC), a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, tem gerado muito descontentamento entre as comunidades indígenas da região do Xingu, ribeirinhos, moradores de cidades afetadas, como Altamira e ambientalistas do país inteiro.
Os grupos e movimentos contrários à construção da barragem, enfrentam há mais de 20 anos essa situação. Projetada para ser a terceira maior do mundo, a Usina de Belo Monte causaria danos irreparáveis ao ecossistema onde se encontra o Rio Xingu, que seria barrado e desviado do leito original em dois canais, com escavações da ordem de grandeza comparáveis ao canal do Panamá (200 milhões m3) e área de alagamento de 516 km2, o equivalente a um terço da cidade de São Paulo, segundo dados da Conservação Internacional - Brasil.
O projeto de construção da barragem enfrenta críticas em várias questões, podendo ser citadas algumas: 1 - Energética: já que o modelo de gestão e distribuição de energia selecionado é considerado ultrapassado; 2 - Ambiental: pois a região pleiteada pela obra apresenta incrível biodiversidade de fauna e flora (segundo os pesquisadores, a bacia do Xingu apresenta significante riqueza de biodiversidade de peixes, com cerca de quatro vezes o total de espécies encontradas em toda a Europa); 3 - Questão cultural e impactos da obra sobre as populações indígenas e violação dos direitos humanos: o fato de a região do Xingu ser habitada por mais de 13 mil índios de mais de 24 grupos étnicos não tem sido considerada a contento, e suas posições quanto à obra tem sido em geral considerada irrelevante frente ao discurso do "Progresso". Muito menos têm sido respeitadas suas cosmovisões vinculadas ao rio e o fato de ali estarem assentadas suas tradições e culturas, e que estes ambientes se constituem seus territórios sagrados.
Outra questão grave defendida por vários especialistas e pelos grupos indígenas é o fato de que o Estudo de Impacto Ambiental desconsidera ou subestima os riscos de insegurança alimentar (escassez de pescado), insegurança hídrica (diminuição da qualidade da água com prováveis problemas para o deslocamento de barcos e canoas), saúde pública (aumento na incidência de diversas epidemias, como malária, leishmaniose e outras) e a intensificação do desmatamento, com a chegada de novos migrantes, que afetarão toda a bacia.
Após o Ibama ter liberado a Licença Prévia para a construção em fevereiro último, o plano do Governo Federal é realizar o leilão de concessão da Hidrelétrica até o fim de abril desse ano.

via CMI

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