VIII Simpósio Filosófico e teológico das Faculdades dos Jesuítas em Belo Horizonte



O abismo está logo em frente. O pé está no acelerador. Programas de aceleração. Projetos sem limites e sem controle.  Vidas ameaçadas. Vidas esmagadas. Vidas sem vida. Para o poder econômico dominante, isso tudo não passa de um alarmismo paralisante. Avante nobre portador do estandarte da morte. Tua ganância põem em risco a vida na terra. Ou melhor, conforme L. Boff, vão-se os humanos, a vida do planeta fica.
Para Luiz Krieger, presidente da União Internacional para Conservação da Natureza, integrada por mais de cem países, afirma que se não estancarmos o consumismo, a exploração predatória, as injustiças e a destruição, fatalmente estaremos caminhando para o abismo. Ele chama atenção para o memento delicado por que passa o nosso planeta, nossa casa comum a terra.
O VIII Simpósio Filosófico e teológico das Faculdades dos Jesuítas em Belo Horizonte, foi um desses momentos que cada um de nós precisa para sentir o pulsar da vida e da esperança mundial e planetária, apesar do ritmo frenético da destruição patrocinada pelo sistema capitalista em nossa casa comum, Gaia, o planeta Terra
Que estamos fazendo com a Terra que Deus nos confiou?.
Sob esse título muita água rolou, sob as diversas perspectivas.  O Simpósio tinha como "objetivo articular a teia de questões e saberes na perspectiva do humanismo cristão que apela para a consciência e responsabilidade em relação ao Planeta Terra". Pois cresce na humanidade a percepção de que o ser humanos é filho da Terra e responsável para que ela continue habitável.
No painel sobre a perspectiva dos povos indígenas, quilombolas e povos asiáticos, ficou evidenciada a violência sistêmica que está levando povos inteiros ao extermínio, e com eles a crescente destruição da natureza e portanto das possibilidades da continuidade da vida no planeta Terra. O representante do Cimi expos a criminosa negação das terras e portanto das condições de sobrevivência dos Kaiowá Guarani, no Mato Grosso do Sul, bem como outras realidades indígenas no país e no mundo. Ao mesmo tempo chamou atenção para os importantes avanços e contribuições dos povos indígenas na efetivação de novos paradigmas civilizatórios.
O professor Zeljco, da Unicamp, disse, ao se referir ao capitalismo voraz e devastador, "Que progresso é esse? E concluiu pela urgente necessidade de unirmos forças dos poetas, lutadores, dda vida,do sagrado, para impedir um desastre ainda maior. "Os poetas não fazem bombas", concluiu.
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